sexta-feira, 25 de novembro de 2011
sábado, 25 de junho de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
Ruanda era o país com maior presença cristã da África, com 60% da população adepta à religião católica.
Em meio às ondas de massacres que marcaram a turbulenta história do país desde sua independência da Bélgica, em 1962, os templos religiosos sempre foram refúgios invioláveis, até 1994.
"Há uma evidência incontestável que líderes das igrejas anglicana, metodista, presbiteriana e católica estiveram envolvidos no genocídio", afirma a organização African Rights, acrescentando que sobreviventes do massacre denunciaram "cumplicidade direta e, às vezes, assassinatos" por parte de pelo menos outros seis religiosos que não foram detidos.
Duas freiras ruandesas foram condenadas pela Justiça belga a entre 12 e 15 anos de prisão por seu papel nos massacres.
No entanto, esta foi a primeira vez que um membro da Igreja Católica se sentou no banco dos réus do TPIR, que até agora só havia julgado outro religioso, o pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia Elizaphan Ntakirutimana, condenado a dez anos de prisão em fevereiro de 2003.
Outros dois padres estão detidos pelo TPIR à espera de julgamento: Hormisdas Nsengimana e Emmanuel Rukundo.
Em meio às ondas de massacres que marcaram a turbulenta história do país desde sua independência da Bélgica, em 1962, os templos religiosos sempre foram refúgios invioláveis, até 1994.
"Há uma evidência incontestável que líderes das igrejas anglicana, metodista, presbiteriana e católica estiveram envolvidos no genocídio", afirma a organização African Rights, acrescentando que sobreviventes do massacre denunciaram "cumplicidade direta e, às vezes, assassinatos" por parte de pelo menos outros seis religiosos que não foram detidos.
Duas freiras ruandesas foram condenadas pela Justiça belga a entre 12 e 15 anos de prisão por seu papel nos massacres.
No entanto, esta foi a primeira vez que um membro da Igreja Católica se sentou no banco dos réus do TPIR, que até agora só havia julgado outro religioso, o pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia Elizaphan Ntakirutimana, condenado a dez anos de prisão em fevereiro de 2003.
Outros dois padres estão detidos pelo TPIR à espera de julgamento: Hormisdas Nsengimana e Emmanuel Rukundo.
Este genocídio teve fim em julho de 1994, quando a Frente Patriótica Ruandesa, uma guerrilha comandada pelos tutsis, expulsou os extremistas genocidas e todo seu governo provisório. As conseqüências do genocídio continuam a ser sentidas ainda hoje pois Ruanda ficou devastada, com centenas de milhares de sobreviventes traumatizados, a infra-estrutura do país arruinada, e tendo que manter mais de 100.000 criminosos nas suas prisões. Mesmo com o final dos conflitos, a unificação e reconciliação entre as duas etnias daquele país continuam sem acontecer uma vez que sem a avocação pelos atos de violência, a justiça não foi ainda cumprida.
Em abril de 1994, os líderes extremistas da maioria hutu, em Ruanda, iniciaram uma campanha de extermínio contra a minoria tutsi. Em apenas cem dias cerca de 800.000 pessoas foram assassinadas e centenas de milhares de mulheres foram violentamente estupradas. O Comitê da Consciência do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos continua a enfocar o genocídio ocorrido em Ruanda devido à severa natureza da violência e extensão da área do conflito, do impacto contínuo do genocídio em toda a região central da África, e das lições que Ruanda ensina na luta atual contra o genocídio.
Ruanda recebeu uma atenção internacional considerável devido ao genocídio lá ocorrido em 1994, no qual cerca de 800 mil pessoas foram mortas.Desde então, o país viveu uma grande recuperação social e, hoje em dia, apresenta um modelo de desenvolvimento que é considerado exemplar para países em desenvolvimento. Em 2009, uma reportagem da rede de notícias CNN classificou Ruanda como tendo a história de maior sucesso do Continente, tendo alcançado estabilidade, crescimento da economia (a renda média triplicou nos últimos dez anos) e integração internacional.Em 2007, a revista Fortune publicou um artigo intitulado "Why CEOs Love Rwanda" (Por que os CEOs amam Ruanda, em tradução livre). A capital, Kigali, é a primeira cidade africana a ser galardoada com o Habitat Scroll of Honor Award, em reconhecimento de sua "limpeza, segurança e conservação do modelo urbano." Em 2008, Ruanda tonrou-se o primeiro país a eleger uma legislatura nacional na qual a maioria dos membros era mulheres. Ruanda aderiu à Commonwealth of Nations em 29 de novembro de 2009 como seu quinquagésimo quarto membro, fazendo do país um dos apenas dois membros sem um passado colonial britânico
Política de Ruanda : Uma república presidencialista , no qual o Presidente de Ruanda é tanto chefe de estado e chefe de governo, e de um sistema multi-partidário. O Poder executivo é exercido pelo governo. Poder legislativo é investido tanto no governo e nas duas câmaras do Parlamento, o Senado e Câmara dos Deputados.
Em 5 de Maio de 1995, a Assembleia Nacional de Transição aprovou uma nova constituição que incluía elementos da constituição de 18 de junho de 1991 bem como as disposições do acordo de paz de Arusha de 1993 e o protocolo de entendimento multipartidário de novembro de 1994.
Em 5 de Maio de 1995, a Assembleia Nacional de Transição aprovou uma nova constituição que incluía elementos da constituição de 18 de junho de 1991 bem como as disposições do acordo de paz de Arusha de 1993 e o protocolo de entendimento multipartidário de novembro de 1994.
Economia : Ruanda é um país rural com aproximadamente 90% da população trabalhando na agricultura. É o país mais densamente povoado da África, tem poucos recursos naturais e um setor industrial extremamente pequeno. As exportações de Ruanda se resumem em café e chá.
A base econômica frágil de Ruanda se agravou em 1994, quando a população do país, especialmente as mulheres, foi severamente castigada, num dos episódios de genocídio mais brutais da história. Isso corroeu a habilidade do país em atrair o investimento privado e externo.
A base econômica frágil de Ruanda se agravou em 1994, quando a população do país, especialmente as mulheres, foi severamente castigada, num dos episódios de genocídio mais brutais da história. Isso corroeu a habilidade do país em atrair o investimento privado e externo.
No entanto, nesse mesmo ano, uma série de problemas climáticos e econômicos geraram conflitos internos e a Frente Patriótica Ruandesa (RPF), dominada por tútsis refugiados nos países vizinhos lançou ataques militares contra o governo hutu, a partir de Uganda. O governo militar de Juvénal Habyarimana respondeu com programas genocidas contra os tútsis. Em 1992 foi assinado um cessar-fogo entre o governo e a RPF em Arusha, Tanzânia.
Em 6 de Abril de 1994, Juvénal Habyarimana e Cyprien Ntaryamira, o presidente do Burundi, foram assassinados quando o seu avião foi atingido por fogo quando aterrissava em Kigali. Durante os três meses seguintes, os militares e milicianos ligados ao antigo regime mataram cerca de 800 000 tútsis e hutus oposicionistas, naquilo que ficou conhecido como o Genocídio de Ruanda. Entretanto, a RPF, sob a direção de Paul Kagame ocupou várias partes do país e, em 4 de Julho entrou na capital Kigali, enquanto tropas francesas de manutenção da paz ocupavam o sudoeste, durante a “Opération Turquoise”.
Ainda trabalha-se para julgar os culpados pelo massacre de Ruanda. Até 2001, 3 mil foram julgados, com 500 penas máximas.
Paul Kagame ficou como vice-presidente e Pasteur Bizimungu como presidente mas em 2000 os dois homens fortes entraram em conflito: Bizimungu renunciou à presidência e Kagame ficou como presidente. Em 2003, Kagame foi finalmente eleito para o cargo, no que foram consideradas as primeiras eleições democráticas depois do genocídio. Entretanto, cerca de 2 milhões de hutus refugiaram-se na República Democrática do Congo, com medo de retaliação pelos tútsis. Muitos regressaram, mas conservam-se ali milícias que têm estado envolvidas na guerra civil daquele país.
Dois filmes ajudam a entender a amplitude do conflito e a interferência internacional durante a formação, o decorrer e o fim do Genocídio, o primeiro é "Hotel Ruanda", que conta a história de um hoteleiro chamado Paul Rusesabagina, que enfrenta a difícil tarefa de defender sua família e amigos tútsis, da repressão hutu, e acaba por abrigar diversos refugiados, em miséria e pavor, em seu hotel antes destinado aos turistas e missionários na região. A história é baseada em acontecimentos reais. O segundo filme, "Aperte as mãos do diabo", é uma adaptação da autobiografia do general Romeo Dallaire. O filme conta a jornada de Dallaire no genocídio de 1994 em Ruanda, e de como seu pedido de mais ajuda à Organização das Nações Unidas foi ignorado. Uma curiosidade é que ambos os filmes destacam a tentativa estado-unidense, apoiada pelos britânicos, de impedir a veiculação do termo genocídio, o qual obrigaria uma intervenção internacional com a participação tanto dos EUA, quanto do Reino Unido. No dia 29 de novembro de 2009, Ruanda foi admitida como a 54.ª nação-membro da Comunidade das Nações, sendo a segunda sem ligações históricas com o Reino Unido a ingressar no grupo.
Em 6 de Abril de 1994, Juvénal Habyarimana e Cyprien Ntaryamira, o presidente do Burundi, foram assassinados quando o seu avião foi atingido por fogo quando aterrissava em Kigali. Durante os três meses seguintes, os militares e milicianos ligados ao antigo regime mataram cerca de 800 000 tútsis e hutus oposicionistas, naquilo que ficou conhecido como o Genocídio de Ruanda. Entretanto, a RPF, sob a direção de Paul Kagame ocupou várias partes do país e, em 4 de Julho entrou na capital Kigali, enquanto tropas francesas de manutenção da paz ocupavam o sudoeste, durante a “Opération Turquoise”.
Ainda trabalha-se para julgar os culpados pelo massacre de Ruanda. Até 2001, 3 mil foram julgados, com 500 penas máximas.
Paul Kagame ficou como vice-presidente e Pasteur Bizimungu como presidente mas em 2000 os dois homens fortes entraram em conflito: Bizimungu renunciou à presidência e Kagame ficou como presidente. Em 2003, Kagame foi finalmente eleito para o cargo, no que foram consideradas as primeiras eleições democráticas depois do genocídio. Entretanto, cerca de 2 milhões de hutus refugiaram-se na República Democrática do Congo, com medo de retaliação pelos tútsis. Muitos regressaram, mas conservam-se ali milícias que têm estado envolvidas na guerra civil daquele país.
Dois filmes ajudam a entender a amplitude do conflito e a interferência internacional durante a formação, o decorrer e o fim do Genocídio, o primeiro é "Hotel Ruanda", que conta a história de um hoteleiro chamado Paul Rusesabagina, que enfrenta a difícil tarefa de defender sua família e amigos tútsis, da repressão hutu, e acaba por abrigar diversos refugiados, em miséria e pavor, em seu hotel antes destinado aos turistas e missionários na região. A história é baseada em acontecimentos reais. O segundo filme, "Aperte as mãos do diabo", é uma adaptação da autobiografia do general Romeo Dallaire. O filme conta a jornada de Dallaire no genocídio de 1994 em Ruanda, e de como seu pedido de mais ajuda à Organização das Nações Unidas foi ignorado. Uma curiosidade é que ambos os filmes destacam a tentativa estado-unidense, apoiada pelos britânicos, de impedir a veiculação do termo genocídio, o qual obrigaria uma intervenção internacional com a participação tanto dos EUA, quanto do Reino Unido. No dia 29 de novembro de 2009, Ruanda foi admitida como a 54.ª nação-membro da Comunidade das Nações, sendo a segunda sem ligações históricas com o Reino Unido a ingressar no grupo.
Depois da Segunda Guerra Mundial Ruanda tornou-se novamente um protectorado das Nações Unidas, tendo a Bélgica como autoridade administrativa. Através de uma série de processos, incluindo várias reformas, o assassinato do rei Mutara III Charles, em 1959 e a fuga do último monarca do clã Nyiginya, o rei Kigeri V, para Uganda, os hutus ganharam mais poder e, na altura da independência, em 1962, os hutus eram os políticos dominantes. Em 25 de Setembro de 1960, a ONU organizou um referendo no qual os ruandeses decidiram tornar-se uma república. Depois das primeiras eleições, foi declarada a República de Ruanda, com Grégoire Kayibanda como primeiro-ministro.
Após vários anos de instabilidade, em que o governo tomou várias medidas de repressão contra os tútsis, em 5 de Julho de 1973, o major general Juvénal Habyarimana, que era ministro da defesa, destituiu o seu primo Grégoire Kayibanda, dissolveu a Assembleia Nacional e aboliu todas as actividades políticas. Em Dezembro de 1978 foram organizadas eleições, nas quais foi aprovada uma nova constituição e confirmado Habyarimana como presidente, que foi reeleito em 1983 e em 1988, como candidato único, em resposta a pressões públicas por reformas políticas, Habyarimana anunciou em Julho de 1990 a intenção de transformar o Ruanda numa democracia multipartidária.
Após vários anos de instabilidade, em que o governo tomou várias medidas de repressão contra os tútsis, em 5 de Julho de 1973, o major general Juvénal Habyarimana, que era ministro da defesa, destituiu o seu primo Grégoire Kayibanda, dissolveu a Assembleia Nacional e aboliu todas as actividades políticas. Em Dezembro de 1978 foram organizadas eleições, nas quais foi aprovada uma nova constituição e confirmado Habyarimana como presidente, que foi reeleito em 1983 e em 1988, como candidato único, em resposta a pressões públicas por reformas políticas, Habyarimana anunciou em Julho de 1990 a intenção de transformar o Ruanda numa democracia multipartidária.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Ruanda é um país localizado no interior da África. Faz fronteira ao norte com Uganda, ao sul e a leste com Tanzânia e a oeste com a República Democrática do Congo. A fronteira com a República Democrática do Congo está estabelecida em grande parte pelo lago Kivu, sendo parte do Vale do Rift .
Ruanda
Ao contrário dos seus vizinhos, Ruanda, que era um reino centralizado, não teve a sua “sorte” decidida na Conferência de Berlim que aconteceu em 1885 e só foi entregue ao Império Alemão juntamente com o seu vizinho Burundi em 1890, numa conferência em Bruxelas , em troca de Uganda e da ilha de Heligoland No entanto, as fronteiras desta colônia , que, na altura incluíam também alguns pequenos reinos das margens do Lago vitoria , só foram definidas em 1900.
Depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o protectorado foi entregue à Bélgica, por mandato da Liga das Nações. O domínio belga foi muito mais directo e duro que o dos alemães e, utilizando a Igreja Católica, manipulou a classe alta dos tútsi para reprimir o resto da população - na sua maioria hutus e demais tútsis - incluindo a cobrança de impostos e o trabalho forçado, criando um fosso social maior do que o que já existia.
Depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o protectorado foi entregue à Bélgica, por mandato da Liga das Nações. O domínio belga foi muito mais directo e duro que o dos alemães e, utilizando a Igreja Católica, manipulou a classe alta dos tútsi para reprimir o resto da população - na sua maioria hutus e demais tútsis - incluindo a cobrança de impostos e o trabalho forçado, criando um fosso social maior do que o que já existia.
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