quinta-feira, 24 de março de 2011

Ruanda era o país com maior presença cristã da África, com 60% da população adepta à religião católica.

Em meio às ondas de massacres que marcaram a turbulenta história do país desde sua independência da Bélgica, em 1962, os templos religiosos sempre foram refúgios invioláveis, até 1994.

"Há uma evidência incontestável que líderes das igrejas anglicana, metodista, presbiteriana e católica estiveram envolvidos no genocídio", afirma a organização African Rights, acrescentando que sobreviventes do massacre denunciaram "cumplicidade direta e, às vezes, assassinatos" por parte de pelo menos outros seis religiosos que não foram detidos.

Duas freiras ruandesas foram condenadas pela Justiça belga a entre 12 e 15 anos de prisão por seu papel nos massacres.

No entanto, esta foi a primeira vez que um membro da Igreja Católica se sentou no banco dos réus do TPIR, que até agora só havia julgado outro religioso, o pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia Elizaphan Ntakirutimana, condenado a dez anos de prisão em fevereiro de 2003.

Outros dois padres estão detidos pelo TPIR à espera de julgamento: Hormisdas Nsengimana e Emmanuel Rukundo.

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